Se experimentar prazer com a Matemática, não a esquecerá facilmente e haverá, então, uma grande probabilidade de que ela se torne alguma coisa mais: uma ocupação favorita, uma ferramenta profissional, a própria profissão, ou uma grande ambição.

George Pólya


terça-feira, 18 de outubro de 2011

O MATERIAL CUISENAIRE - "O ARCO-ÍRIS DE FAZER CONTAS"

Um pouco da história:
O Material Cuisenaire tem mais de 50 anos de utilização em todo o mundo.
Foi criado pelo professor belga Georges Cuisenaire Hottelet (1891-1980) depois de ter observado o desespero de um aluno, numa das suas aulas.
Decidiu criar um material que ajudasse no ensino dos conceitos básicos da Matemática. Então cortou algumas réguas de madeira em 10 tamanhos diferentes e pintou cada peça de uma cor tendo assim surgido a Escala de Cuisenaire.
Durante 23 anos, Cuisenaire estudou e experimentou o material que criara na aldeia belga de Thuin.
Só 23 anos depois da sua criação (a partir de um encontro com outro professor – o egípcioCaleb Gattegno), é que o seu uso se difundiu com enorme êxito. O egípcio, radicado na Inglaterra, passou a divulgar o trabalho de Cuisenaire – a quem chamava de Senhor Barrinhas.
Levou apenas 13 anos para passar a ser conhecido nas escolas de quase todo o mundo.
Feito originalmente de madeira, o Cuisenaire é constituído por modelos de prismas quadrangulares com alturas múltiplas da do cubo – representante do número 1 – em 10 cores diferentes e 10 alturas proporcionais.
O material pode ser usado com crianças a partir dos 3 anos de idade.
COR
NÚMERO
REPRESENTADO
Branco (ou cor de madeira)
1
Vermelho
2
Verde-claro
3
Rosa (ou lilás)
4
Amarelo
5
Verde-escuro
6
Preto
7
Castanho
8
Azul
9
Cor de laranja (ou cor de madeira)
10


Sugestões de atividades:

cores foram escolhidas de modo a formar familias:

* família vermelha ( vermelho, roxo e marrom)

* familia amarela ( amarelo e laranja)

* familia azul (verde-clarom verde-escuro e azul)

* a cor branca

* a cor preta

Com as barras Cuisenaire é possível desenvolver em classe diversas situações para o aprendizado de operações e conceitos matemáticos, mas é preciso ressalvar que o trabalho com esse material frequentemente gera dificuldades. Isso porque a criança além de precisar memorizar o signo gráfico e o nome relativo a cada quantidade, terá de saber a cor também relacionada e esta quantidade. Além disso, é preciso tomar cuidado com a quatificação ligada às grandezas de natureza discreta e às de natureza contínua.

Fonte:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE MATEMÁTICA / INSTITUTO DE PSICOLOGIA

Práticas de Ensino com a Escala Cuisenaire:

A professora Riva Cusnir, coordenadora da pré-escola do Colégio Max Nordou, da rede particular, do Rio de Janeiro, utilizou as barrinhas com alunos da pré-escola.

Riva utilizou a teoria de Jean Piaget, sobre as fases do desenvolvimento infantil, para criar um método que foi dividido em oito etapas. Cada uma corresponde a um estágio do conhecimento infantil, e a desenvoltura do grupo é que determina a velocidade com que se passará de uma fase para outra.

Fase 1:

Acontece o primeiro contato com as barrinhas, que deve ser uma brincadeira, e apenas o reconhecimento físico da peças.

Pedir para construir casinhas, trenzinhos... e discriminar tamanho e cores.

Fase 2:

Reconhecimento das cores, que é essencial para a compreensão da Escala de Cuisenaire. O avanço desta percepção pelas crianças, pode ser feita com a ajuda de jogos.

Fase 3:

Depois que as crianças já estão familiarizadas com as cores e tamanhos do material, é hora de comparar os tamanhos das barrinhas. Escolhe-se uma barrinha e pede-se à criança que procure outras duas que juntas, tenham o mesmo tamanho da primeira.

Fase 4:

Começa a associar os números às cores e aos tamanhos.

Fase 5:

Aprende a adição. Indica-se uma barrinha qualquer e os alunos tem de combiná-las com outras até obter o mesmo comprimento, ou seja, o mesmo tamanho.

Fase 6:

Aprende a subtração. Pode-se usar a tábua da decomposição em que um número, é decomposta em várias combinações possíveis colocadas lado a lado.

Fase 7 e 8:

Ao estudar a multiplicação e a divisão, incluindo frações (fase 7), e as equações com incógnitas (fase 8), os alunos já terão chegado a um ponto em que o material será útil para conferir seu raciocínio. São assuntos para terceira e quarta séries, quando as crianças começam a desenvolver o raciocínio de forma mais abstrata.

Também no cálculo das equações com incógnitas o aluno poderá empregar as barrinhas, já que para resolvê-las fará contas de subtração, adição, multiplicação e divisão.

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